A vida é uma selva. Acho
que já disseram isso.
A vida é uma colmeia, tem mel, mas também tem abelhas com
seus ferrões sedentos.
A gente paga um preço alto por querer mais da vida do que
ela se dispôs a nos dar, se é um preço justo eu não sei dizer, mas estou aqui
disposto a desbravar os quatro ventos, a remar contra a maré se for preciso, a
despistar meus sentimentos quando eles me impedirem de dar o próximo passo.
Estou disposto a dar um sabor abstrato aos que se
aproximarem e um tom de “não sei bem o quero da vida” aos que me perguntarem pra
onde vou.
A vida é mesmo muito complexa e sei bem que eu não facilito
com saldos e balanços constantes. Mas a necessidade infinita de não deixar a
areia escorrer por entre meus dedos muitas vezes me paralisa. É que eu sei que
a vida é muito mais do que a corrente de um rio e que minha intervenção na
posição do sol poderá custar um futuro nublado e/ou tempestuoso.
Não dá pra perder, não mais, não hoje. Hoje que a luz do sol não cega meus olhos,
hoje que a chuva não esfria meu coração e que os ventos me trazem esperança e
inspiração.
Farei desses dias, quentes ou frios, uma oportunidade de crescer
e evoluir, sem deixar que as adversidades e forças da natureza humana possam me
romper ou parar. Dedicarei meus passos descalços na terra a dividir a percepção
que o mundo me traz, sem fantasiar flores onde não há, mas plantando sementes onde a paz e o amor ainda não germinaram.
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